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Número de consumidores que acionam a Justiça contra empresas diminui 35%.

Levantamento aponta que bancos e empresas de energia são as mais afetadas pela judicialização.

O número de consumidores que recorrem à Justiça para resolver disputas com empresas caiu 35% nos últimos anos, segundo um levantamento realizado pela Softplan, empresa especializada em soluções tecnológicas para o setor público e privado. O estudo mostra que, embora a judicialização tenha diminuído, alguns setores continuam a ser os principais alvos de ações, com destaque para bancos e empresas de energia.

Motivos da redução na judicialização

A queda no número de processos pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo a modernização dos canais de atendimento ao cliente, a digitalização do serviço de atendimento ao consumidor e o aumento das resoluções extrajudiciais. O uso de plataformas de mediação e conciliação, além das novas regulamentações que incentivam as empresas a resolverem conflitos antes do ajuizamento de ações, tem sido uma das principais estratégias para evitar o aumento da judicialização.

Além disso, melhorias nos serviços de atendimento ao cliente e o maior investimento em tecnologias de inteligência artificial para resolver problemas de forma rápida também contribuíram para a redução das demandas judiciais. A digitalização das empresas tem permitido um canal mais eficiente para resolver queixas de consumidores de maneira direta e sem a necessidade de recorrer ao sistema judiciário.

Bancos e empresas de energia no topo das queixas

Apesar da queda geral nas ações judiciais, bancos e empresas de energia continuam sendo os setores com maior número de processos movidos por consumidores. Os consumidores frequentemente buscam reparação por cobranças indevidas, falhas nos serviços e problemas relacionados a contratos. A Softplan também identificou que muitos desses casos envolvem desinformação sobre tarifas, falhas na prestação de serviços e falta de transparência nos contratos.

O papel das empresas na redução de litígios

Empresas que têm investido em soluções para resolver disputas de forma amigável têm experimentado uma diminuição significativa no número de processos judiciais. Bancos, seguradoras e empresas de energia que adotaram práticas de conciliação, ouvidos especializados e canais de atendimento mais eficazes, estão conseguindo evitar litígios e preservar suas relações com os consumidores.

A mediação e conciliação têm se mostrado uma alternativa eficaz, sendo frequentemente incentivadas pelo próprio sistema judiciário, que busca aliviar o volume de processos nos tribunais. A Lei de Arbitragem e outras medidas, como as plataformas de resolução de conflitos, têm desempenhado papel fundamental nesse cenário.

Expectativas para o futuro

A tendência é que, com o aprimoramento contínuo dos canais de atendimento e da transparência nas relações de consumo, a judicialização continue a cair. Contudo, ainda existem desafios, especialmente para setores com alta incidência de queixas, como energia elétrica e serviços bancários, onde a educação financeira e o aumento da confiança dos consumidores nas empresas serão determinantes para a diminuição dos litígios.

A redução da judicialização beneficia tanto as empresas, que economizam com custos legais, quanto os consumidores, que têm uma resolução mais rápida e eficiente para seus problemas.

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