Sem benefício tributário, aéreas projetam redução de 22% em voos internacionais, temendo impactos no turismo e na conectividade global.
Com a derrubada da isenção de impostos sobre passagens aéreas pelo Senado, as companhias aéreas projetam uma redução de 22% no segmento de voos internacionais. A medida, que visava estimular o turismo e o transporte aéreo, foi revogada, gerando preocupações significativas no setor.
A decisão, tomada sob o argumento de reequilíbrio das contas públicas, deve elevar os custos operacionais das empresas, o que pode resultar em passagens mais caras e, consequentemente, em uma redução na demanda por viagens internacionais. Para as companhias aéreas, isso representa um retrocesso na recuperação pós-pandemia e no fortalecimento da conectividade global.
Empresas destacam que a retirada do benefício tributário pode afetar não apenas a oferta de voos, mas também a competitividade do Brasil no mercado internacional de aviação. Destinos considerados importantes, como Europa, América do Norte e Ásia, podem ser prejudicados com a redução da frequência de voos e o aumento do preço das passagens.
Além disso, especialistas alertam que a redução da conectividade aérea pode ter um impacto indireto no turismo e na economia, especialmente em setores que dependem de viagens internacionais, como o de hotéis, gastronomia e eventos. A expectativa é que as companhias aéreas reajustem seus planejamentos estratégicos, reduzindo o número de voos ou limitando a oferta em rotas menos lucrativas.
A medida, que vinha sendo vista como um estímulo para o crescimento do setor aéreo, agora enfrenta uma nova realidade com riscos de desabastecimento em mercados internacionais e impactos negativos no fluxo turístico global. Com a derrubada da isenção, o desafio para o setor é garantir a sustentabilidade operacional e recuperar a demanda, num cenário de custos mais elevados e maior competição no mercado aéreo internacional.