Partido busca fortalecer sua atuação no Legislativo ao lançar nomes ligados ao ex-presidente em posições estratégicas, visando ampliar sua influência nas decisões políticas.
O Partido Liberal (PL) está apostando na presença dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro para aumentar sua força e influência no Congresso Nacional. Com a mudança de governo e a reconfiguração das alianças políticas, o PL, que tem se mostrado uma das principais forças do campo bolsonarista, busca conquistar comissões estratégicas na Câmara dos Deputados e no Senado.
Segundo fontes próximas ao partido, a estratégia é colocar os filhos de Bolsonaro em posições chave para garantir maior visibilidade e apoio nas pautas do partido. A ideia é que a presença dos familiares do ex-presidente nas comissões legislativas ajude a atrair a atenção de aliados e fortalecer o grupo de apoio que, durante o governo Bolsonaro, teve um papel decisivo em várias aprovações no Congresso.
A aposta em nomes familiares para esses postos não é inédita, já que, ao longo dos últimos anos, o clã Bolsonaro se tornou uma referência política para um grande número de eleitores, especialmente no âmbito da direita conservadora. Para o PL, essa estratégia visa manter a influência do ex-presidente no cenário político atual e garantir que suas pautas, muitas vezes alinhadas com interesses mais conservadores, tenham suporte nas casas legislativas.
Além disso, o partido busca estreitar laços com outros grupos e fortalecer sua base de apoio, utilizando a popularidade dos filhos de Bolsonaro, como Flávio e Eduardo, para aumentar sua relevância dentro do processo legislativo. A presença deles nas comissões de maior impacto, como a de Constituição e Justiça ou a de Finanças e Tributação, é vista como uma jogada estratégica para alinhar o PL a pautas que atendam aos interesses políticos e ideológicos do grupo bolsonarista.
No entanto, essa movimentação também gera divisões internas e críticas de adversários, que veem no fortalecimento dos Bolsonaro no Congresso uma tentativa de centralizar o poder político em um único grupo, o que pode dificultar a formação de alianças com outras legendas e gerar novos embates no cenário político nacional.