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Orçamento e Custos na Saúde

Orçamentos e custos na saúde, sempre se ouve essas palavras, mas poucos gestores da área já pararam para estudar sobre e realmente entender a tamanha importância dessas simples e ao mesmo tempo tão complexas palavras, vamos lá.

Basicamente custo na saúde são gastos que a organização arca para ofertar produtos e serviços, o quanto custa a operação, e sempre lembrando que a saúde não tem preço e sim entrega de valor, mas após análises e estudos descobre-se tudo isso, quanto custa a operação e quais são os gastos necessários para se arcar com a entrega dos serviços, vem os outros grandes desafios, que é a gestão estratégica desses custos e o orçamento necessário para se garantir a continuidade dos serviços.

Haja vista, custos ser “igual unha” você corta e ele cresce novamente, é preciso equilibrar custos fixos e variáveis nos centros de custos produtivos para que o orçamento acompanhe as demandas de saúde da sociedade brasileira. Isso nos remete a uma tríade de custo hospitalar onde eu tenho aumentos dos insumos e serviços, baixa captação de recursos (produtividade e baixo faturamento), e entrada de novas tecnologias. Nos últimos anos, acompanhamos um processo de envelhecimento da população e o aumento de doenças crônicas, que irão se perpetuar nos próximos anos. É preciso que o orçamento na saúde cresça exponencialmente para enfrentar esse novo cenário ou o sistema vai se tornar um arcabouço funcional e institucional para a assistência.

Dados do IPES (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde) apontam que o investimento em saúde recuou 64,20% nos últimos 10 anos enquanto a renúncia fiscal teve crescimento exponencial de 88%, pode-se inferir que é o Estado tentando fazer frente com uma contrapartida de renúncia fiscal ao notável recuou de investimentos no setor. Isso nos remete novamente a tríade de custo hospitalar onde existe uma dificuldade de captação de recursos frente ao aumento de insumos e serviços, forçando cada vez mais gestores e instituições realizarem uma gestão estratégica de seus custos.

Uma gestão estratégica e eficiente de custos fortalece e se torna de suma importância para a confecção da peça orçamentária de qualquer unidade/instituição, aumentar eficiência operacional através da segurança nas operações financeiras e robusto controle dos ativos monetários se torna estratégico e primordial aos gestores de saúde.

Sabe -se que dinheiro não falta na saúde, o que falta é a gestão estratégica de custos que também fortalece a criação de uma boa e confiável peça orçamentária, é doloroso dizer: Mas a ineficiência é custo, sabe-se que na maioria das vezes o dinheiro é praticamente jogado pela janela, desperdícios alarmantes, pois muitos gestores ainda se concentram nos gastos em vez de se concentrarem na gestão dos recursos.

Pedro Henrique Pimenta

Administrador, especialista financeiro, controladoria e finanças e perspectivas econômicas, Lean Seis Sigma Yellow Belt. Ampla experiência na área hospitalar e rotinas do terceiro setor, vivência em  negociação de métricas e  contratos de gestão.

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