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Lula descarta novo ajuste fiscal até eleição, sem ver impacto no câmbio.

Presidente considera desnecessárias novas medidas de contenção de gastos diante da estabilidade do real.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou segunda-feira (4) que não pretende adotar um novo ajuste fiscal antes das próximas eleições. Segundo Lula, a estabilidade do câmbio mostra que não há urgência em medidas adicionais de contenção de gastos públicos.

“Nosso foco agora é garantir o crescimento econômico com inclusão social. Não vemos necessidade de cortar mais, especialmente quando o câmbio está controlado”, disse o presidente durante evento em São Paulo.

O real tem mostrado relativa estabilidade frente ao dólar, mesmo em meio a incertezas globais e desafios internos. Para Lula, a política econômica atual tem conseguido equilibrar responsabilidade fiscal com investimentos em áreas prioritárias, como infraestrutura e programas sociais.

Pressões por austeridade

A decisão do presidente contraria setores do mercado financeiro e analistas que defendem maior austeridade fiscal para reduzir a dívida pública e manter a confiança dos investidores. Alguns economistas apontam que a ausência de um novo ajuste poderia pressionar a inflação no médio prazo e reduzir a capacidade de crescimento sustentável.

Apesar das críticas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou o discurso de Lula, afirmando que o governo segue comprometido com o controle de gastos, mas sem abrir mão de políticas que promovam o desenvolvimento. “Temos espaço fiscal para manter nossos programas, sem comprometer a saúde financeira do país”, afirmou Haddad.

Reação do mercado

O mercado financeiro reagiu de forma mista às declarações de Lula. Enquanto a bolsa de valores operou em leve queda, o dólar registrou variação mínima frente ao real. Investidores acompanham de perto os desdobramentos das políticas fiscais, atentos aos possíveis impactos sobre a confiança econômica e as perspectivas de crescimento.

A próxima eleição será um teste para a estratégia econômica do governo, especialmente em um cenário global de incertezas e possíveis choques externos. Até lá, Lula parece apostar na combinação de estabilidade e investimento social como pilares de sua administração.

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