Gratuidade de bagagem aérea, vetada por Bolsonaro, está entre os temas que exigirão articulação política.
O governo federal tem um desafio político em 2025: o Congresso Nacional precisa votar 48 vetos presidenciais acumulados, incluindo medidas polêmicas como a gratuidade de bagagens em voos comerciais. A decisão sobre o tema promete mobilizar forças políticas e testar a articulação do governo.
O veto específico à gratuidade de bagagens, assinado ainda pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, está no centro das discussões. Se derrubado, voltará a valer a isenção de cobrança para malas de até 23 quilos em voos nacionais, medida que foi extinta em 2017.
Para analistas políticos, o acúmulo de vetos pode complicar a gestão do governo, que precisa evitar que rejeições fragilizem a imagem do presidente. “Cada veto que o Congresso derruba é um sinal de enfraquecimento da base governista”, explica a cientista política Mariana Almeida.
Entre outros vetos pendentes estão temas fiscais e sociais, muitos dos quais exigirão negociações delicadas com líderes partidários. O resultado dessas votações pode impactar diretamente o equilíbrio entre Executivo e Legislativo, além de repercutir na economia e na vida dos cidadãos.
O Palácio do Planalto já sinalizou que trabalhará para manter a maioria dos vetos, destacando o impacto financeiro de algumas medidas. No caso das bagagens, companhias aéreas argumentam que a gratuidade pode gerar aumento no preço das passagens, enquanto defensores da derrubada afirmam que a cobrança atual é abusiva.