Inação em políticas climáticas aponta para a necessidade de gestão mais eficaz contra a crise ambiental.
O ano de 2024 entra para a história como o primeiro a superar a marca de 1,5°C de aquecimento global em relação aos níveis pré-industriais. Este marco reflete não apenas os impactos das mudanças climáticas, mas também a ineficácia na gestão de esforços globais para conter a crise ambiental.
Especialistas apontam que a combinação do aquecimento induzido pela ação humana e do fenômeno El Niño intensificou os efeitos climáticos extremos neste ano. Apesar dos compromissos assumidos no Acordo de Paris, as emissões de gases do efeito estufa permanecem elevadas, desafiando a capacidade de governos e organizações em implementar estratégias eficazes para mitigar os impactos.
“A ultrapassagem deste limite deveria ser um alerta para a gestão climática global. Precisamos de ações coordenadas, metas ambiciosas e políticas mais consistentes para evitar cenários ainda piores”, afirmou o climatologista Bruno Almeida, da Universidade de São Paulo.
Enquanto isso, os impactos são visíveis em todo o mundo. Ondas de calor recordes, secas prolongadas e eventos extremos de chuva foram registrados em diversos continentes. O desafio agora é intensificar a colaboração internacional para transformar metas em resultados concretos.