Auditoria internacional da ONU expõe divergências com o Ministério Público sobre a gestão de recursos.
Uma crise de gestão emergiu após uma agência da ONU anunciar uma auditoria interna para apurar suposto mau uso de verba em projetos no Brasil. O caso, que envolve recursos destinados a programas sociais e ambientais, gerou tensões com o Ministério Público, que também conduz investigações paralelas.
O ponto central da controvérsia está na falta de alinhamento entre as partes quanto aos critérios de fiscalização e na troca de acusações sobre possíveis falhas na execução e monitoramento dos recursos. A agência alega que os fundos foram alocados seguindo padrões internacionais, enquanto o Ministério Público aponta indícios de irregularidades em contratos e prestação de contas.
Gestores da agência enfatizam a importância de transparência e colaboração, mas denunciam o que chamam de “excesso de judicialização” por parte do Ministério Público, que teria dificultado a continuidade de alguns projetos. Por outro lado, promotores criticam a falta de rigor nos mecanismos de controle e exigem maior prestação de contas.
Especialistas em governança internacional avaliam que o impasse pode abalar a credibilidade da agência no país, além de impactar a execução de futuras parcerias. Para minimizar os danos, representantes da ONU sugeriram criar um comitê independente para revisar os processos e propor medidas corretivas.
O caso reacendeu discussões sobre a necessidade de aprimorar práticas de gestão e compliance em programas financiados por organismos internacionais, destacando a importância de integrar auditorias internas com o acompanhamento por órgãos nacionais.