Dados mostram resiliência do comércio exterior chinês, apesar de desafios globais.
As exportações da China registraram crescimento em dezembro de 2024, contrariando expectativas diante de um cenário de tensões comerciais e desaceleração global. Segundo dados divulgados pelo governo chinês, o aumento foi impulsionado pela alta demanda em setores como tecnologia e manufaturas.
Por outro lado, as importações surpreenderam, com uma queda mais acentuada que o previsto. Esse recuo reflete o enfraquecimento da demanda interna e as dificuldades enfrentadas pelo setor industrial chinês, pressionado por altos custos de produção e incertezas econômicas.
Analistas destacam que o desempenho das exportações reforça o papel da China como principal fornecedora global, mas as quedas nas importações acendem um alerta sobre o consumo doméstico, que é um dos pilares do plano de recuperação econômica do país.
Tensões comerciais com os Estados Unidos e países da Europa continuam a desafiar a estabilidade do comércio exterior chinês. Restrições a tecnologias sensíveis e sanções em setores estratégicos têm forçado o governo a adotar políticas de estímulo para compensar os impactos.
O saldo positivo na balança comercial, porém, dá fôlego à economia chinesa em um momento de incertezas globais, marcando uma readequação de prioridades entre mercado externo e interno.