No início da tarde de domingo, 21 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, surpreendeu ao anunciar sua retirada da corrida pela reeleição através de uma carta aberta nas redes sociais. Ele justificou sua decisão afirmando que era pelo melhor interesse de seu partido e do país. Biden também manifestou apoio à candidatura de Kamala Harris, a atual vice-presidente dos EUA.
A desistência de Biden veio após críticas e pressões dentro de seu próprio partido e da opinião pública, intensificadas pelo seu desempenho negativo em um debate contra Donald Trump. Pouco depois do anúncio, Trump comentou que Biden não estava apto para concorrer à presidência e expressou confiança em derrotar Kamala Harris na eleição.
Mike Johnson, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA e membro do Partido Republicano, foi além e pediu a renúncia de Biden. Enquanto isso, líderes democratas próximos a Biden elogiaram seu governo e expressaram gratidão por sua liderança.
O ex-presidente dos EUA, Barack Obama, comentou que a decisão de Biden foi uma das mais difíceis de sua vida. No Brasil, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, interpretou a decisão de Biden como um gesto de grandeza política e um indicativo de que os democratas precisam de uma nova abordagem para enfrentar o conservadorismo extremista global.
A “chamada virtual” se refere ao processo planejado pelos democratas para conduzir a votação de nomeação presidencial de forma remota, antes da convenção do partido. Neste contexto, os delegados receberiam um aviso com 24 horas de antecedência e votariam por meio de cédulas digitais enviadas por e-mail. Este método foi proposto, mas ainda não foi formalmente aprovado pelo partido, deixando em aberto se será adotado ou se a votação ocorrerá de forma presencial durante a convenção.
Quanto aos candidatos que entram na disputa pela nomeação presidencial democrata, existem requisitos específicos estabelecidos pelo partido. Eles precisam coletar um número mínimo de assinaturas de delegados de diversos estados (entre 300 e 600), além de atender a critérios que os qualifiquem como “democratas de boa-fé” e que demonstrem um “apoio substancial” à sua nomeação como candidato presidencial democrata. A determinação sobre a elegibilidade dos candidatos deve ser feita pelo presidente do Comitê Nacional Democrata (DNC), mas detalhes adicionais sobre como isso será feito ainda não foram divulgados pelo partido.