Fundação Seade aponta crescimento em todos os setores, indicando recuperação consistente e gestão ativa do desenvolvimento regional.
O Produto Interno Bruto (PIB) do estado de São Paulo registrou um crescimento de 1,4% nos dois primeiros meses de 2025, segundo dados divulgados pela Fundação Seade. O resultado reflete uma expansão equilibrada entre os principais setores da economia paulista — indústria, comércio, serviços e agropecuária — e sinaliza uma retomada gradual da atividade econômica regional.
O desempenho positivo nos primeiros meses do ano é considerado um bom indicativo de fôlego econômico diante de um cenário nacional ainda marcado por incertezas. Para analistas, o resultado evidencia a força da economia paulista, cuja diversidade setorial contribui para a estabilidade mesmo em períodos de oscilação no mercado.
Segundo o levantamento, o setor de serviços, que representa mais de 70% do PIB paulista, liderou a alta, impulsionado por atividades como transportes, serviços profissionais e tecnologia da informação. O crescimento nesse segmento tem sido sustentado pelo avanço da digitalização e por investimentos em inovação por parte de empresas de médio e grande porte.
A indústria também apresentou desempenho positivo, com destaque para o setor de transformação e a produção de bens de capital. O avanço industrial é atribuído a políticas estaduais de estímulo à produção, desonerações pontuais e programas de crédito direcionado ao investimento produtivo, além de uma melhora nas exportações.
Na agropecuária, mesmo diante de variações climáticas, o setor teve leve crescimento, especialmente em cadeias produtivas como cana-de-açúcar e citricultura. A adoção de práticas de agricultura de precisão e o aumento da produtividade têm garantido bons resultados no campo.
Para o governo estadual, os números confirmam que a gestão fiscal equilibrada e os investimentos em infraestrutura têm dado resultado. O Estado segue com foco em concessões, parcerias público-privadas e programas de modernização, como o Nova Frota SP e o SP Investe, que buscam dinamizar setores-chave e atrair capital privado.
O desempenho do comércio também chamou atenção, com crescimento sustentado pelo aumento do consumo das famílias e pelo avanço das vendas online. A retomada gradual do poder de compra e a recuperação parcial do mercado de trabalho ajudaram a impulsionar o setor, sobretudo em áreas urbanas de maior densidade econômica.
Especialistas apontam que a combinação de estabilidade fiscal, ambiente regulatório favorável e políticas públicas voltadas à produtividade tem permitido ao estado de São Paulo manter sua liderança econômica no Brasil. A conectividade logística, a qualificação da mão de obra e a presença de centros tecnológicos fortalecem essa posição.
Ainda assim, os desafios seguem no radar. A alta da inadimplência, o custo do crédito e a necessidade de reformas estruturais podem frear o ritmo de expansão nos próximos meses. A gestão estadual terá de manter atenção redobrada na condução de investimentos públicos e na atração de novos negócios, especialmente em setores intensivos em capital.
Com o crescimento de 1,4% no bimestre, São Paulo dá um passo importante rumo à consolidação de um 2025 mais estável e promissor. A diversificação da economia, aliada a uma gestão ativa e estratégica, se mostra um diferencial competitivo no atual cenário econômico brasileiro.