Em 2021, compartilhei minha visão sobre o aumento dos serviços de saúde em shoppings. Três anos depois, volto para analisar como o mercado evoluiu até 2024 e as promissoras perspectivas de crescimento para 2025. Confira como os shoppings transformaram-se em espaços multifuncionais, integrando saúde, consumo e experiência. Quais estratégias podem ser adotadas para aproveitar esse movimento crescente?
Em 15 de agosto de 2021, publiquei no Portal Mercado e Gestão na Saúde sobre o crescimento de serviços de saúde em shoppings. Mais de três anos depois, volto para discutir como esse mercado evoluiu até 2024, sinalizando expansões ainda maiores para 2025.
Mas antes, é importante conhecer os números do setor de shoppings no Brasil, conforme a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce):
Desde criança, fui fascinado por shoppings. Minha paixão começou com as lojas de brinquedos, os lanches temáticos e as atividades recreativas, como parques temáticos e celebrações como Natal e Halloween. Os shoppings sempre foram espaços de diversão, conforto e experiências únicas.
Na adolescência, eles se tornaram locais de encontro e lazer, com cinemas, lan houses e grandes lançamentos como Matrix Reloaded e Todo Poderoso. Hoje, como adulto, os shoppings continuam a fazer parte da minha rotina, não apenas como locais de compra, mas também como espaços de consumo de serviços, alimentação, conforto e diversão. Novas experiências, como eventos e serviços diversificados, passaram a fazer parte desse ambiente.
Por exemplo, em 2024, tive a honra de participar da Campus Party Goiás, realizada em um dos principais shoppings da capital goiana. Eventos corporativos, palestras, shows e encontros culturais se tornaram comuns em shoppings, os quais evoluíram de simples centros de compra para locais multifuncionais que combinam consumo, experiência e bem-estar.
Com relação ao setor de saúde, a presença de serviços especializados em shoppings tem se expandido significativamente. Redes de estética, clínicas médicas, odontológicas e de vacinação, além de laboratórios de análises clínicas e de diagnósticos por imagem, estão cada vez mais integrados a esses espaços.
Em 2024, em Palmas (TO), encontrei um laboratório funcionando no final de um sábado, o que já era incomum, mostrando uma nova lógica de atendimento ao consumidor. Em Goiânia, testemunhei clínicas de autismo em shoppings, além de espaços de saúde com plano de saúde nacional em Brasília e clínicas de oftalmologia em Goiânia.
Esse movimento reflete uma mudança no comportamento de consumo, onde o público busca comodidade e acesso facilitado a serviços em locais com infraestrutura completa, como shoppings próximos a estações de ônibus e metrôs, com estacionamento coberto e segurança.
No entanto, o grande desafio para a gestão desses negócios está nos altos custos associados a espaços em shoppings, que exigem investimentos contínuos em atratividade e ativação de campanhas. As franquias se destacam ao oferecer suporte estruturado e adaptado à realidade dos shoppings, especialmente em marketing, gestão e vendas.
Além disso, a evolução do consumo no Brasil, impulsionada pelo crescimento do e-commerce e do consumo digital, exige que as empresas atendam seus clientes em diversos formatos e canais de vendas. Criatividade e um profundo entendimento do consumidor são fundamentais para a construção de estratégias que possam alavancar negócios no setor de saúde e em outros segmentos.
Em 2025, o mercado aposta em um crescimento contínuo dos serviços de saúde em shoppings, impulsionado por novas demandas e a busca por conveniência. Qual será a sua estratégia para atender a essas transformações?
Luiz Henrique Soares é Administrador com MBA em Gestão Empresarial. Especialista no Mercado de Saúde há mais de 17 anos.
@professorluizsoares