Evento global em Belém discutirá sustentabilidade e impacto socioeconômico.
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para 2025 em Belém, Pará, colocará o Brasil no centro das discussões sobre a transição para uma economia mais sustentável. Um dos temas-chave do evento será a transição justa, conceito que busca equilibrar a redução das emissões de carbono com a preservação de empregos e o desenvolvimento industrial.
A mudança para uma economia verde envolve desafios para setores dependentes de combustíveis fósseis e atividades de alto impacto ambiental, como a mineração, o agronegócio e a indústria pesada. A transição justa propõe mecanismos para que trabalhadores e comunidades afetadas não sejam deixados para trás nesse processo.
O papel da indústria na descarbonização
A indústria desempenha um papel central na transição energética. Empresas de setores como siderurgia, cimento e petróleo já buscam alternativas para reduzir emissões, adotando tecnologias como hidrogênio verde, captura de carbono e maior eficiência energética.
No entanto, há preocupações com o custo dessas mudanças e os impactos sobre a competitividade global. Países em desenvolvimento, como o Brasil, defendem que a transição precisa ser financiada por nações ricas, que historicamente mais poluíram.
Empregos e qualificação profissional
A substituição de atividades poluentes por modelos sustentáveis exige qualificação profissional e políticas de incentivo para trabalhadores afetados. Estudos apontam que a economia verde pode gerar milhões de empregos, especialmente em setores como energia renovável, reflorestamento e tecnologia limpa.
No Brasil, a transição precisa considerar desafios regionais. Na Amazônia, onde ocorrerá a COP30, setores como a exploração madeireira e a pecuária são economicamente relevantes. Programas de bioeconomia e desenvolvimento sustentável são vistos como caminhos para manter empregos sem comprometer o meio ambiente.
Expectativas para a COP30
A conferência será uma oportunidade para o Brasil liderar a agenda climática global, demonstrando seu potencial em energias renováveis e preservação ambiental. Espera-se que o evento traga avanços na regulamentação do mercado de carbono, no financiamento climático e em políticas para garantir que a transição energética ocorra de forma equitativa.
A indústria, governos e sociedade civil precisarão encontrar soluções que aliem crescimento econômico e preservação ambiental. A COP30 será um marco para discutir como transformar desafios em oportunidades, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações.