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Brasil espera contrapartida de Trump para liberar mercado de etanol.

Governo quer benefícios em troca de abertura para importações dos EUA.

O governo brasileiro está avaliando flexibilizar as regras para a importação de etanol dos Estados Unidos, mas espera uma contrapartida da administração de Donald Trump antes de tomar qualquer decisão. A medida faz parte das negociações comerciais entre os dois países e pode impactar diretamente o setor sucroalcooleiro nacional.

Nos últimos anos, o Brasil manteve taxas e tarifas sobre a entrada do etanol americano, protegendo a produção local. No entanto, com a reaproximação entre os governos e o interesse dos EUA em ampliar suas exportações, a possibilidade de abertura do mercado voltou a ser discutida.

Fontes próximas às negociações indicam que o Brasil busca um acordo que traga benefícios em outras áreas, como a facilitação da exportação de açúcar para os Estados Unidos ou concessões em barreiras comerciais impostas a outros produtos agrícolas brasileiros. “O etanol é um tema sensível para o Brasil, e qualquer decisão de abertura precisa ser acompanhada de vantagens concretas”, afirmou um representante do setor.

Atualmente, o mercado brasileiro de etanol é dominado pela produção nacional, especialmente no Centro-Sul, onde as usinas utilizam cana-de-açúcar como principal matéria-prima. Já nos Estados Unidos, o etanol é produzido principalmente a partir do milho, o que gera preocupações sobre a competitividade e os impactos econômicos para os produtores brasileiros.

Com Trump novamente no comando da Casa Branca, a pressão dos produtores americanos para ampliar suas vendas ao Brasil deve aumentar. No entanto, especialistas alertam que a resposta do governo brasileiro será estratégica e dependerá das contrapartidas oferecidas pelos EUA. “O Brasil não pode simplesmente abrir seu mercado sem garantir algo em troca. Essas negociações precisam ser equilibradas para que o setor sucroalcooleiro não saia prejudicado”, analisou um economista do setor agrícola.

As conversas entre os governos deverão continuar nos próximos meses, com expectativa de que um acordo possa ser fechado ainda neste ano. Enquanto isso, o setor de etanol no Brasil segue atento às possíveis mudanças e aos impactos que uma maior concorrência com o produto americano pode trazer para o mercado nacional.

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